segunda-feira, 19 de novembro de 2012

ECOMUNAM - Eco Museu Natural do Mangue


Sara Sousa

       Um sonho que virou realidade para o bem de todos. O objetivo inicial do projeto ambientalista era criar um espaço para reunir objetos e ideias relacionadas ao Mangue, alertar a comunidade para a preservação do ecossistema. A construção do acervo é realizada aos poucos, através de doações. Os itens acomodados em modestas estantes improvisadas, são peças doadas ao Ecomunam, para engrandecer o seu trabalho de conscientização da população.“ Havia uma grande necessidade de educar para preservar, antes, as crianças brincavam de ‘estourar’ os cavalos marinhos no ouvido.  É esta a importância do projeto” Rusty Barreto, coordenador do projeto.
       O ecossistema do Mangue é um dos mais importantes e biodiverso de todos, no entanto, foi um dos mais devastados, devido o preconceito que as pessoas tinham com relação ao forte odor que exala. Por muitos anos as pessoas associavam o cheiro forte à doenças e impurezas, e optavam pelo aterramento dos manguezais. 
    Percebendo a riqueza escondida por baixo das raízes das plantas, o trabalho começou a ser desenvolvido. E já dura doze anos.
      Apesar de o Ecomunam estar oficialmente registrado como museu natural na secretaria do meio ambiente e no roteiro turístico da cidade, não recebe investimentos por parte dos órgãos públicos. Situação de verdadeiro descaso é como negar a importância do projeto, que resiste ao tempo com seu ‘trabalho de retalho’, mas com boa vontade, pessoas de bem e com o auxílio de um automóvel, o museu visita escolas, igrejas e comunidades carentes.  Este é mais um detalhe que torna o trabalho ainda mais lindo e respeitado, o automóvel em questão está deteriorado, e muitas pessoas precisam da visita do museu. A solução encontrada foi enviar cartas ao programa do Luciano Hulk, para a inscrição do carro no quadro ‘Lata Velha’.
    A visita técnica vai muito além de ser um encontro  educativo, é divertida também. Lá, ainda existe o projeto de confeccionar o maior caranguejo do Brasil, sua estrutura metálica está armada e as pinças do crustáceo estão guardadas esperando verbas pra o artista plástico dar continuidade ao trabalho, que visa não apenas o paisagismo do local, mas alertar para a diminuição do consumo do caranguejo, que já não se encontra em abundância no Estado, isso mesmo, o nosso caranguejo gostoso da quinta-feira vem de muito longe e mais da metade é desperdiçada no caminho devido às péssimas condições de armazenamento que são submetidos.
      Durante a trilha, somos incentivados a fazer a limpeza da praia de forma voluntária, levamos um saco plástico e juntamos os resíduos que estão soltos pelo caminho, durante a caminhada encontramos muitas sacolas de supermercado, latas de refrigerante e garrafas pet.
      No acervo existem diversas espécies de peixes e crustáceos, empalhados, ou em conserva. Um mine laboratório de amostras marinhas, vale a pena conhecer o que as profundezas do mar nos guarda e conhecer os danos que a ação do homem provoca ao meio ambiente. 

                                 
                                     
                                     
                                     
                                     
                                     
                                     
                                     
                                                     
                                                 
                                                       Fotos: Sara Sousa



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