sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Água para quê vos quero

Se a preocupação com o a sustentabilidade ganha mais adeptos todo ano, as boa iniciativas em prol de nossa segurança ambiental infelizmente não seguem no mesmo ritmo. Aqui mesmo neste blog foi dito que, com pequenos investimentos por parte de cada nação, é possível evitar um cenário futuro de catastrofe ambiental onde até o acesso à água seria motivo para guerras.

Porém, o trabalho dos governos em garantir o acesso da população a um bem tão vital ainda costuma "dar com os burros n'água". Um exemplo é a construção de uma adutora que liga o Açude Orós (localizado na cidade de mesmo nome, no interio do Ceará) ao Riacho Feiticeiro. Há quem defenda que a transposição das águas do Óros para o riacho pode prejudicar atividades piscicultoras e cultivo de grãos na bacia do Açude Orós e que o açude Feiticeiro até já sangrou em 2008 e 2009 sem nunca ter precisado de adutoras para abastecê-lo.

Já no velho Açude Cedro, também no interior do Ceará, o problema é a poluição. Hoje boa parte da cidade de Quixadá já não conta mais com o abastecimento do açude.

Açude Cedro. Riqueza indisponível para a população de Quixadá.
E pensar que estamos no país que concentra em torno de 12% do volume de água doce no mundo.

Por Jáder de Oliveira

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Energia renovável, coragem escassa

O aquecimento global é um fato cada vez menos contestável, sentido na pele até pelos mais céticos. Até mesmo o próprio George W. Bush já reconheceu que os Estados Unidos da América estavam viciados em petróleo (um dos muitos responsáveis pelo efeito estufa e o aquecimento global).

De certo modo chega a ser reconfortante ver que, aos poucos, os mais interessados na queima de combustíveis fosséis estejam se desgarrando das fontes de energia não renováveis. Exemplo interessante são as montadoras de automóveis.

Claro que esse processo de desapego ao petróleo é lento e demanda coragem e boa vontade. Mas já fazem 16 anos desde que a General Motors colocou o Ev1 nas ruas. E se a coragem foi pouca para seguir adiante com a produção de seu único veículo movido a eletricidade (todos os EV1 foram sumariamente recolhidos em 1999), a concorrência bancou sua cota de coragem para estabelecer de vez um nicho crescente na indústria automotiva: o dos carros híbridos.

Chevrolet EV1. Foi se embora tão jovem...
São chamados de híbridos os veículos que possuem um motor de combustão interna, normalmente a gasolina, e um motor eléctrico que permite reduzir o esforço do motor de combustão e assim reduzir os consumos e emissões. Se por um lado foi-se embora o Chevrolet EV1, acompanhado do Toyota Rav4 EV e Ford Ranger EV (todos movidos unicamente a energia eletrica, como a sigla EV denuncia), em seu lugar veio o Toyota Prius. O híbrido da montadora japonesa desembarcou nos Estados Unidos em 2001 e lá encontrou seu maior mercado. A GM, que provocara anos antes a eutanásia de seu EV1, respondeu com o Chevrolet Volt. Lançado como carro conceito no salão de Detroit em 2007, o híbrido da GM só começou a ser produzido em 2010.

Toyota RAV4 EV

Ford Ranger EV
Toyota Prius. O híbrido que conseguiu cair no gosto até do mercado mais viciado em petróleo do mundo

Chevrolet Volt. Promessa que levou quase 4 anos pra entrar em linha de produção.
Para nós, no Brasil, apenas um sonho distante. Para EUA e Europa, uma realidade. Nesses mercados o Volt e o Prius já tem a companhia do Honda Insight (híbrido) e do Nissan Leaf (elétrico). E mesmo os veículos híbridos, agora já saem de fábrica com plugues para carregar suas baterias direto na tomada (sem necessidade do trabalho do motor a combustão para tal). Hoje a maioria das montadoras tem pelo menos um carro conceito movido a eletricidade ou híbrido esperando entrar em linha de produção.
Honda Insight. Qualquer semelhança com o Toyota Prius...

Nissan Leaf. Garantia de emissão zero de gases.
Por ora, em terras Tupiniquins, temos somente o Ford Fusion híbrido e a eterna promessa de chegada do Toyota Prius. Será falta de incentivos fiscais ou de coragem mesmo? A resposta ainda vai demorar muito.
Ford Fusion Híbrido. 17 km por litro de gasolina.


Por Jáder de Oliveira

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Reforma de estádio natalense usava areia de dunas protegidas

A Construtora Luiz Costa e a JC Oliveira Mineração, ambas responsáveis pela construção da Arena das Dunas (estádio-sede de Natal na Copa de 2014) foram flagradas retirando areia e despejando entulho nas Dunas de Genipabu, que é uma Area de Proteção Ambiental. A denúncia foi feita pelo vereador Fernando Lucena, em um post no seu blog.



Mesmo depois de ter o pedido de uso da área negado pelo Instituto Estadual de Desenvolvimento Sustentável e do Meio Ambiente (Idema-RN) em 25 de agosto desse ano, a empresa J.C. Oliveira obteve um mandado de segurança para continuar extraindo argila, areia e saibro em uma área de 2,26 hectares na cidade de Extremoz.

O diretor técnico do Idema, Jamir Fernandes, informou na semana passada que a mineradora tinha obtido uma licença para escavar no local em 2007, mas ela deixou de ter amparo legal com a criação da Área de Proteção Ambiental em agosto de 2009. Na época, o Idema emitiu uma licença ambiental onde a mineradora se comprometeu a tapar o buraco com restos de construção, cobrir com uma camada de solo e replantar a vegetação, mas essa licença venceu no dia 10 desse mês.

O jornal potiguar Tribuna do Norte publicou fotos que provam as denúncias, mostrando a dimensão do buraco, escavadeiras trabalhando e caminhões levando areia e trazendo entulhos. E o jornal do Meio Dia da Global foi apurar gravou uma extensa matéria sobre o assunto.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Empresa de energia francesa é condenada por espionar computadores do Greenpeace

Electricité de France (EDF) foi sentenciada esta segunda-feira (14) por uma corte francesa a pagar uma multa de 1,5 milhão de euros (pouco mais dede 3,5 milhões de reais) por invadir uma rede de computadores do Greenpeace em 2006.



O chefe de segurança da EDF é acusado de contratar em 2006 o serviços da Kargus Consultants, uma agência de detetives para espionar os planos do Greenpeace de atrapalhar a construção de novos reatores no Reino Unido. Foi usado um vírus do tipo cavalo de Tróia para invadir o computador do diretor das campanhas da ONG na França, Yannick Jadot, e roubar cerca de 1400 documentos.

Além da multa principal, a EDF também foi ordenada a pagar 500 mil euros em danos ao Greenpeace. O chefe de segurança da produção nuclear acusado de ordenar o serviço, Pascal Durieux, foi condenado a 3 anos de cadeira, mais 2 anos de suspensão e uma multa de 10 mil euros por comissionar o crime. O numéro dois da EDF, Pierre-Paul François, também recebeu uma sentença de três anos e mais 30 meses de suspensão. O juiz também condenou o ex-membro do serviço secreto francês Thierry Lorho, presidente da Kargus Consultants, a três anos de cadeia, dois de suspensão e uma multa de 4 mil euros, e o assistente técnico responsável pela invasão Alain Quiros recebeu dois anos de suspensão.

Nenhum funcionário da EDF comentou o veredito, mas os seus advogados declaram no tribunal que a empresa foi vítima de esforços demasiadamente protecionistas e não sabia que alguém iria invadir um computador. Representando o Greenpeace, Adélaïde Colin falou que as multas e danos garantidos mandam uma forte mensagem para a indústria nuclear que ninguém está acima da lei e que os eleitores franceses devem lembrar desse escândalo nas próximas eleições presidenciais. Mas essa briga entre a EDF e o Greenpeace já dura vários anos. De acordo com um testemunho confidencial publicado pelo site Mediapart, a EDF tem organizado a vigilância do Greenpeace não apenas na França, mas em boa parte da Europa desde 2004.

A EDF é a maior fornecedora de energia nuclear do mundo, possui 58 usinas na França (onde a energia nuclear responde por 3/4 do total produzido) e 8 no Reino Unido, onde planeja construir mais quatro reatores. Ela é dona do operador de energia nuclear britânico, a British Energy, e é um dos maiores patrocinadores das Olimpíadas de Londres no próximo ano. Atualmente, ela possui mais quatro reatores em construção na Finlândia, França e China, que estão muito atrasados e com o orçamento estourado. Mas isso não parece atrapalhar muito os planos da empresa, que reportou esse mês um aumento de 3,2% nas vendas e aumentou as metas para geração de energia nuclear na França.

Amazônia sofre com desmatamento em áreas protegidas

Foto: (http://migre.me/69Jzl)

A ocupação demográfica da Amazônia legal nos últimos 50 anos tem levado a níveis significativos de desmatamento, resultante de múltiplos fatores, tais como a abertura de estradas pioneiras, o crescimento das cidades, a ampliação de pecuária extensiva, a acelerada exploração madeireira e a crescente agricultura intensiva de monoculturas. A área cumulativa desmatada na Amazônia legal brasileira chegou a cerca de 653.000 km2 em 2003, correspondendo a 16,3% da região. Este estudo visou a determinar o desmatamento dentro e fora dos atuais Unidades de Conservação (UC) e Terras Indígenas (TI) na Amazônia legal, nos estados de Mato Grosso, Rondônia e Pará, que, juntos, corresponderam por mais de 90% do desmatamento observado entre 2001 e 2003. Os resultados mostraram que o desmatamento foi cerca de dez a vinte vezes menor dentro das Unidades de Conservação e Terras Indígenas do que em áreas contíguas fora delas. Isto demonstra a importância dessas áreas protegidas para diminuir o processo do desmatamento nos três estados. Isto refuta a hipótese generalizada de que estas áreas não cumprissem a sua função principal na conservação e uso racional dos recursos na Amazônia legal.

De acordo com o site http://uc.socioambiental.org ,
De cada cinco árvores derrubadas ano passado na Amazônia, uma tombou em reservas indígenas ou de proteção ambiental. Levantamento inédito do Ibama usando dados do Prodes, o sistema que mede por satélite a devastação anual da floresta, mostra que 22,3% das derrubadas ocorreram nas chamadas terras intocáveis, que deveriam estar a salvo das motosserras. Embora o governo tenha comemorado quedas consecutivas na destruição da Amazônia desde 2004, a participação das áreas protegidas no total devastado dobrou no mesmo período. O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, admite que a situação é alarmante.- É um número terrível. Isso mostra que as nossas reservas não estão bem protegidas, e que não basta criar uma área no papel para garantir a preservação da floresta - diz o ministro.

Isaque Falcão

Economizar água: bom para o bolso, bom para o meio ambiente

Estudiosos prevêem que em breve a água será causa principal de conflitos entre nações. Há sinais dessa tensão em áreas do planeta como Oriente Médio e África. Mas também os brasileiros, que sempre se consideraram dotados de fontes inesgotáveis, vêem algumas de suas cidades sofrerem falta de água. A distribuição desigual é causa maior de problemas. Entre os países, o Brasil é privilegiado com 12% da água doce do mundo.
Além de colaborar com o meio ambiente, a prática de economia de água e seu consumo consciente, podem gerar uma boa economia na conta de água no final do mês.

Algumas medidas simples podem ser tomadas para casar grandes impactos positivos, como por exemplo:

- Ao escovar os dentes e se barbear, manter a torneira fechada;
- Fechar a torneira enquanto ensaboar as louças e talheres;
- Usar a máquina de lavar roupas na capacidade máxima;
- Na hora do banho, procurar se ensaboar com o chuveiro desligado e procurar tomar banho rápido;
- Não jogar óleo de fritura pelo ralo da pia. Além de correr o risco de entupir o encanamento da residência, esta prática polui os rios e dificulta o tratamento da água;
- Não deixar que ocorram vazamentos em encanamentos dentro da residência;
- Entrar em contato com a companhia de água ao verificar vazamentos de água na rede externa;
- Usar a descarga no vaso sanitário apenas o necessário. Manter a válvula sempre regulada;
- Reutilizar a água sempre que possível;
- Utilizar regador no lugar de mangueira para regar as plantas;
- Usar vassoura para varrer o chão e não a água da mangueira;
- Lavar o carro com balde ao invés de mangueira;
- Captar a água da chuva com baldes. Esta água pode ser usada para lavar carros, quintais e regar plantas;
- Tratar a água de piscinas para não precisar trocar com freqüência. Outra dica é cobrir a piscina com lona, enquanto não ocorre o uso, para evitar a evaporação;
- Colocar sistemas de controle de fluxo de água (aeradores) no bico das torneira.

Dá para economizar mais de 400 mil litros de água por ano se souber fazer um consumo racional e consciente de água.Você deixa a torneira aberta enquanto escova os dentes ou lava louça? Esquece da vida na hora do banho? Então, desperdiça muita água. Toda a água dentro da piscina é o que dá para economizar ao longo de um ano. Um professor de matemática fez as contas. "Total de 403.200 litros. Quase uma piscina semiolímpica". Fonte: Jornal Hoje-27/12/10





Isaque Falcão

A CDB e o controle da relação das nações com a biodiversidade



Exemplos da diversidade de espécies. Crédito: http://blogdoambientalismo.com/ambientalismo-internacional-parte-1/

A Convenção sobre Diversidade Biológica – CDB - é o mais importante acordo internacional sobre diversidade biológica,um resultado da Rio 92. A CDB é responsável por orientar legal e politicamente a gestão da biodiversidade no mundo, tendo como objetivo a sua conservação, utilização sustentável de seus componentes e repartição justa e igualitária dos recursos.
Atualmente, há conhecimento de cerca de 1,7 milhões de espécies no planeta, mas calcula-se que existam entre 10 e 100 milhões. Uma biodiversidade muito maior do que podemos imaginar. O que é biodiversidade? É a diversidade da natureza viva, a variedade de espécies da flora e da fauna mais a variedade de fungos e de microrganismos que existem na Terra. Além disso, consideram-se os seus habitats, nichos ecológicos, comunidades e funções no ecossistema.
O trabalho da CDB é importantíssimo para controlarmos a relação do homem com toda essa biodiversidade. Ela tem definido protocolos e tratados, estabelecido diretrizes e princípios e implantado programas de trabalho temáticos em áreas que merecem atenção específica, como as áreas de biodiversidade marinha e costeira e de biodiversidade florestal. O Brasil, país que possui a mais diversa flora do mundo, foi o primeiro país a assinar esta convenção e criou posteriormente o seu próprio Projeto de Estratégia Nacional da Diversidade Biológica.
Juliana Abrantes

Energias Renováveis: a solução limpa para o aumento da demanda mundial


A Alemanha anunciou recentemente o desligamento de todas as suas usinas nucleares até 2022 e o plano de redução do uso de energia no país em 10% até 2020. Uma iniciativa louvável e que deveria representar uma tendência mundial de conscientização a ser seguida pelas outras nações do planeta, principalmente as desenvolvidas com alto consumo de energia.
Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), o mundo precisará gastar 1,5 trilhão de dólares por ano para atender ao aumento da demanda de energia até 2035.  Desse investimento, 10 trilhões de dólares devem ir para o petróleo e 9,5 trilhões para o gás, fontes não renováveis de energia, que podem se esgotar rapidamente e que exigem constantemente a exploração de novos locais, o que acaba custando caro.
As grandes nações passaram a investir em energia nuclear, numa ostentação também de poder nuclear e tecnológico; um tipo de energia extremamente perigoso, que deixa resíduos tóxicos no ambiente que se acumulam por várias gerações representando risco por sua radioatividade. Além disso, a produção de gases de estufa de uma usina nuclear comum é de 3 a 6 vezes maior se comparada com a energia hídrica ou  eólica, que são energias renováveis, limpas e seguras. Para justificar a decisão do seu país de fechar essas usinas, a chanceler alemã Angela Merkel argumentou o seguinte: “Queremos que a eletricidade do futuro seja segura e, ao mesmo tempo, confiável e econômica.” Características condizentes com as fontes renováveis de energia e totalmente contrárias à energia nuclear.
Quando as reservas de urânio, petróleo e gás natural acabarem, o que deve acontecer num futuro próximo, a humanidade terá que recorrer às energias renováveis para suprir suas necessidades energéticas. Então, por que não fazê-lo agora? É perfeitamente viável. Estima-se que até 2050 já será possível disponibilizar mais energia a partir das fontes de energia renováveis do que a consumida atualmente pela população mundial. O Brasil é um exemplo positivo de uso de energias limpas, utilizando 45% de fontes renováveis em suas matrizes energéticas, e com os recursos naturais de que dispomos podemos melhorar muito mais nosso potencial energético, basta conscientização e investimentos.
Energia eólica, um exemplo de energia renovável. Crédito: http://salacristinageo.blogspot.com/2011/07/energia-eolica-no-brasil.html

Juliana Abrantes


Marina Silva alerta para possibilidade de um "armagedon ambiental"

A ex-senadora e ex-ministra do meio ambiente, Marina Silva, participou do II Fórum Global de Sustentabilidade no festival SWU no domingo passado, onde debateu sobre crises ambientais e políticas de sustentabilidade.

Marina chamou atenção que apesar da crise global se alastrar por diversos campos (que ela dividiu em social, econômico, ético, ambiental e moral), as crises econômicas são tratadas rapidamente com bilhões de dólares enquanto as crises ambientais não recebem o mesmo tipo urgência. Ela alertou que "perdemos mil vezes mais biodiversidade do que há 50 anos" e chamou o aquecimento global de "armagedon ambiental".

As críticas mais diretas foram para à reforma proposta ao código florestal, considerada uma "anistia" aos desmatadores e um incentivo à corrupção. “Se o Brasil aprovar essa anistia, não vai ter cara de receber ninguém na Rio+20”, disse Marina, lembrando da conferência da ONU que acontecerá no país em janeiro de 2012.

A revista Veja ironizou a participação da ex-senadora chamando sua fala de "pregação ambiental" no título da matéria, que preferiu destacar o lado pessoal da passagem de Marina e sua filha pelo festival, sem muitas preocupações com as questões ambientais tratadas.

A seguir, um vídeo com uma parte do debate gravado na platéia do SWU:




Principais fontes de energia 

· Energia hidráulica – é a mais utilizada no Brasil em função da grande quantidade de rios em nosso país. A água possui um potencial energético e quando represada ele aumenta. Numa usina hidrelétrica existem turbinas que, na queda d`água, fazem funcionar um gerador elétrico, produzindo energia. Embora a implantação de uma usina provoque impactos ambientais, na fase de construção da represa, esta é uma fonte considerada limpa.

· Energia fóssil – formada a milhões de anos a partir do acúmulo de materiais orgânicos no subsolo. A geração de energia a partir destas fontes costuma provocar poluição, e esta, contribui com o aumento do efeito estufa e aquecimento global. Isto ocorre principalmente nos casos dos derivados de petróleo (diesel e gasolina) e do carvão mineral. Já no caso do gás natural, o nível de poluentes é bem menor.

· Energia solar – ainda pouco explorada no mundo, em função do custo elevado de implantação, é uma fonte limpa, ou seja, não gera poluição nem impactos ambientais. A radiação solar é captada e transformada para gerar calor ou eletricidade.

· Energia de biomassa – é a energia gerada a partir da decomposição, em curto prazo, de materiais orgânicos (esterco, restos de alimentos, resíduos agrícolas). O gás metano produzido é usado para gerar energia.

· Energia eólica – gerada a partir do vento. Grandes hélices são instaladas em áreas abertas, sendo que, os movimentos delas geram energia elétrica. È uma fonte limpa e inesgotável, porém, ainda pouco utilizada.

· Energia nuclear – o urânio é um elemento químico que possui muita energia. Quando o núcleo é desintegrado, uma enorme quantidade de energia é liberada. As usinas nucleares aproveitam esta energia para gerar eletricidade. Embora não produza poluentes, a quantidade de lixo nuclear é um ponto negativo.Os acidentes em usinas nucleares, embora raros, representam um grande perigo.

· Energia geotérmica – nas camadas profundas da crosta terrestre existe um alto nível de calor. Em algumas regiões, a temperatura pode superar 5.000°C. As usinas podem utilizar este calor para acionar turbinas elétricas e gerar energia. Ainda é pouco utilizada.

· Energia gravitacional – gerada a partir do movimento das águas oceânicas nas marés. Possui um custo elevado de implantação e, por isso, é pouco utilizada. Especialistas em energia afirmam que, no futuro, esta, será uma das principais fontes de energia do planeta.



A demanda projetada de energia no mundo aumentará 1,7% ao ano, de 2000 a 2030, quando alcançará 15,3 bilhões de toneladas equivalentes de petróleo (TEP, ou toe, na sigla internacional, em inglês) por ano, de acordo com o cenário base traçado pelo Instituto Internacional de Economia (Mussa, 2003). Em condições ceteris paribus, sem alteração da matriz energética mundial, os combustíveis fósseis responderiam por 90% do aumento projetado na demanda mundial, até 2030.
Entretanto, o esgotamento progressivo das reservas mundiais de petróleo é uma realidade cada vez menos contestada. A Bristish Petroleum, em seu estudo “Revisão Estatística de Energia Mundial de 2004”, afirma que atualmente as reservas mundiais de petróleo durariam em torno de 41 anos, as de gás natural, 67 anos, e as reservas brasileiras de petróleo, 18 anos.



http://www.biodieselbr.com/energia/agro-energia.htm




Damaris Magalhães