quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Eventos esportivos demonstram sintonia entre esporte e natureza


  
 Sara Sousa

         O Brasil é destino certo para os próximos grandes eventos esportivos, em 2014 a Copa do Mundo de Futebol levará a presença da massa a 12 cidades sedes, que receberão os jogos, inclusive a nossa capital cearense. Em 2016, o cenário mundial se volta para os Jogos Olímpicos que serão realizados no Rio de Janeiro. Com tudo isso, o espírito esportivo do brasileiro pulsa cada vez mais forte e a festa já é aguardada por muitos. Além das obras arquitetônicas, estádios de futebol e vilas olímpicas, o País se prepara para a recepcionar uma grande festa, e o símbolo que representa o Brasil é o seu mascote que dará forma e cores a esta alegria, que é o esporte.
 

       Comandar a festa é a melhor parte, e quem tem esse divertido papel é o mascote, querido pela torcida, principalmente pelas crianças. A Copa de 2014 já tem o seu o bichinho eleito, o tatu-bola. O mascote foi escolhido por ser genuinamente brasileiro, ele vive sob proteção de órgãos que trabalham para evitar sua extinção. Pensando nisso, a delegação e a população o escolheram para anfitriar a festa. O tatu-bola é encontrado no bioma de vegetação da Caatinga, pode ser visto também no Cerrado. Um ponto curioso, é o fato de ele ser parecido com uma bola de futebol, ao se sentir ameaçado o bicho se enrola todo, confundindo os predadores. Muito inteligente, o nosso pequeno mamífero. “É importante destacar que o tatu-bola é uma espécie vulnerável. Com este mascote, vamos poder realizar um dos principais objetivos da Copa do Mundo da Fifa 2014, que é comunicar a importância do meio ambiente e da ecologia . Temos certeza de que ele será amado não apenas no Brasil, mas no mundo todo”, afirmou Jérôme Valcke, secretário geral da Fifa.

        

   Fotos: divulgação

         Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos no Rio de Janeiro em 2016, também devem ter seu mascote. Algumas espécies já foram apontadas por comunidades defensoras dos bichos e pessoas que apoiam estas iniciativas, entre elas, um forte candidato é o mico-leão dourado. Nas mídias sociais existe uma grande campanha para que seja eleito. Ele que já é homenageado na cédula de R$20,00, agora mobiliza comunidades no facebook. No perfil da Associação Mico-Leão-Dourado, existem informações e solicitações de compartilhamento da campanha, pró mico-leão dourado no Rio 2016. Para conferir a página, basta clicar no link http://www.facebook.com/mascote.rio2016
         Outro primata no páreo é o macaco Muriqui, ambos, igualmente ao tatu-bola são brasileiros e estão ameaçados de extinção. O habitat natural do muriqui é a Mata Atlântica, ele é um dos animais que sofre maior risco de extinção pelo fato da destruição da floresta, e o que agrava ainda mais a sua situação é a caça da espécie, que também dificulta sua reprodução. Mais detalhes da história e defesa do Muriqui http://www.muriqui2016.com.br/.
        Estas ações são louváveis para ajudar na divulgação da necessidade de preservar a natureza. E esse seguimento move a nova geração, nada melhor do que eventos com a magnitude da Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos para expressar a necessidade de zelar pelos animais do nosso País. É este o tipo de iniciativa que esperamos dos órgãos governamentais e de toda a sociedade em prol da sustentabilidade e harmonia entre as espécies. 
Tributo a um toco de meia voz






Jefferson Passos *


Dona Goiabeira era o ser mais alto nas vizinhanças de Pasargada, uma rua construída no final do verso. Vivia presa onde gostava, mas não gostava de como vivia. A culpa, conforme descobrira logo, alteava voz lá de baixo, das brochuras de duas pernas, papagaios sem asas.

Goiabeira, cujo nome permitiu ser citado sem as regalias do tratamento formal, não usava bermuda, c...
ertamente; e se bermuda usasse seria menos “morta nas calças” que os moleques descalços a dormir na hora mansa da sesta, à sua sombra.

Diz-se que naqueles dias derradeiros, a velha, também moradora mais antiga nas redondezas (segurou-se firme nas calendas dos tempos indígenas, virara viúva do firmamento), andava mimosa e outonal, sabedora de umas incontáveis visitas de cerras fatais por ali, a por abaixo grandes vegetais feitos de tradição, como ela. Insensível ao desabar folhas e folhas nos caminhos de passantes, debochada pelo prado verde que formara aos seus pés.

Tinha sonho de gigante mítico, frustrada que era de seu tamanho. O desígnio natural, assim achava para uma árvore, seria alcançar as alturas improváveis (e não sabia por que, mas os humanos tinham algo que ver com isso, suspeitava). De súbito, veio o obstinado desejo de voar, pertencer a uma classe julgada evoluída por ter asas. Asas de liberdade dos passarinhos.

No duro, voar, voar mesmo nunca voou, embora visse todos do alto, medrosa dos homúnculos – horda mais agitada que o cupim mateiro, residente naquele corpo fazia uns quantos anos.

De sua copa, certa vez, avistara uns paus de madeira retorcidos, presumivelmente entranhas de um grande tronco. Em verdade, aquele montinho marrom na esquina da rua Pereira, o mesmo ponto onde vivera outra farta goiabeira, poderia bem ser de uma linhagem sua, um primo sem porvir.

Vivera em Pasargada antes das picadas, dos asfaltos, dos sobrados e dos bangalôs, uns sem número de goiabeiras. Levava consigo a sobrevivente, certeza de que não fora uma seleção natural o que fez restarem tão poucas. A seleção do homem é sempre forjada a partir e ao cabo dele, malgrado a natureza, impertinente natureza de goiabas e...

Interrompia divagação para voltar-se a um problema crônico desse fim de vida. Enquanto pássaros trinavam por suas ramificações, notou o galho maior estremecer. O corpo todo acostumou-se a estremecer, consequência da podridão que lhe sucumbia, qual um dente cor de âmbar pútrido na raiz. Agora galhos desabavam diariamente aos montes, a luz do dia, e goiabeira era vista como um perigo por quem flanasse em seu derredor.

A velha, a sentir-se impotente e desusada, tateou-se pela última vez. Antes de desabar quis rir de uma pilhéria adaptada, impassível. Vozeou a meia voz: não era pau, nem era pereira, mas quebrava um galho todo o dia.
 
 
* Marxista, estudante de Comunicação Social - Jornalismo, pela Universidade Fortaleza; graduando de História (Bacharelado), na Universidade Estadual do Ceará. É estagiário da Secretaria Executiva Regional II, e milita na área dos direitos humanos e das causas ambientais.
Unifor: 70% da água usada para irrigação de jardins provém de lagoa 
De cordo com Chefe de Distrito de Manutenção e Obras (DMO) da Universidade de Fortaleza (Unifor), água utilizada para irrigação não passa por depuração, o que termina por ocasionar mau cheiro

A frequência do mau cheiro em torno dos jardins da Universidade de Fortaleza (Unifor) pode estar na água que os irriga, atualmente retirada, em grande parte, da lagoa existente nas imediações do campus. De acordo com Jomar Batista, gerente do Distrito de Manutenção e Obras (DMO), órgão da Prefeitura da Unifor, “70% da água para jardinagem, o que chamamos de aguação, nós retiramos diretamente da lagoa”, explica.

Entretanto, essa água não passa por qualquer processo de filtragem, tampouco por fiscalização da qualidade do material líquido de seu fornecedor natural. Batista não confirma se esse processo será reavaliado, mas atenua a situação afirmando que a água penetrada no solo retorna ao lençol freático, e, em seguida, à lagoa. “Há inclusive um projeto que visa utilizar 100% da água para irrigação, proveniente dela (a lagoa)”, ressalta.

A Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) responde pelos outros 30% da água utilizada via asperção em mangueira, para irrigação dos jardins.

Poços artesianos
Outro problema de manejamento do recurso hídrico nas dependências da Unifor são os poços artesianos. Dos dez perfurados pela universidade, quatro são inutilizados por conta da alta salubridade presente nos reservatórios.

Jefferson Passos

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Saneamento será um dos grandes desafios para o próximo prefeito de Fortaleza







A população que não conta com o saneamento básico sofre constantemente com doenças que muitas vezes são causadas pela poluição da água que ocorre por causa da falta de esgotamento. Até o ano passado, metade da população da capital não tem sido beneficiada com o esgotamento. O dado é do site da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) que informa o índice de 46,40% de carência de esgotamento.
            Fortaleza está no 28º lugar em saneamento básico no ranking das cidades mais populosas do Brasil, sendo uma das que está com o pior índice, de acordo com o site Planeta Sustentável e cruzamento de dados do IBGE 2010 e pesquisas nacionais e internacionais de saneamento básico. O novo prefeito de Fortaleza terá o saneamento básico como um dos grandes desafios de seu governo.
            Grandes obras de abastecimento de água e esgoto estão sendo realizadas na capital, mas muitas delas não beneficiam a população mais carente. Pois são realizadas apenas nos lugares mais nobres da cidade como Aldeota, Beira Mar e Praia de Iracema. O que não ocorre, por exemplo, no Bairro Antônio Bezerra que vem sofrendo há algum tempo com a falta de água.
            O novo prefeito terá como legado diminuir as diferenças no saneamento básico de Fortaleza dando boas condições de saúde para toda a população diminuindo a proliferação de doenças de veiculação hídrica.

Doenças de veiculação hídrica

Existem muitas doenças que são causadas pela poluição da água e um dos meios mais importantes para evitar essa poluição é o saneamento básico. O abastecimento de água também é uma forma de evitar que as pessoas fiquem doentes por causa de água contaminada, pois receberam água em boas condições de uso.
São doenças transmitidas pela água:
·         Diarreia infecciosa
·         Cólera
·         Leptospirose
·         Hepatite
·         Esquistossomose

Saneamento básico no Brasil

No Brasil, 83% das pessoas tem acesso ao abastecimento de água, mas somente 55% tem coleta de esgoto o que causa uma maior facilidade de ficar doente, pois a poluição e a proliferação de doenças é constante devido os esgotos a céu aberto.















Por: Lia Sequeira

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Por que reciclar o óleo de cozinha?




Nem precisa se envergonhar, a grande maioria dos consumidores joga o óleo usado na pia ou no lixo. Outros, que se dizem ecologicamente corretos, jogam no vaso sanitário ou colocam dentro de uma garrafa para ser descartada no caminhão de lixo. Nenhuma dessas formas é a melhor solução para se livrar desse vilão do lixo doméstico, pois se o óleo for jogado na pia, além de entupir o encanamento, pode prejudicar o meio ambiente contaminando rios e lençóis freáticos, colocando em risco a vida aquática e comprometendo a alimentação humana. Se for colocado dentro de uma garrafa plástica e jogado no lixo pode ocorrer um vazamento que contaminará as águas subterrâneas, mas, se armazenadas, forem levadas para um posto de reciclagem, lá ele será tratado e utilizado na produção de tintas, biodiesel, vernizes e sabão.
Para facilitar a transformação de óleo em sabão, Rômulo Carmo, diretor da Reciprátik, criou o Reciclador de óleo de cozinha, que armazena os resíduos e transforma o óleo em sabão biodegradável.


Mesmo se não tiver este equipamento, a produção de sabão também pode ser feita.



Estudos analisados pela Ecóleo afirmam que:
O Brasil produz anualmente 9 bilhões de litros de óleos à 1/3 dessa produção vai para os óleos comestíveis à consumo per capita fica 20 litros/ano = produção de 3 bilhões de litros de óleos por ano no país à apenas 1% de óleos vegetais usados no Brasil são coletados.  Todo o resto se divide em contaminar o meio ambiente.

Esse resíduo não se dissolve dentro da água, com isso é formada uma camada densa poluindo rios, lagos e aquíferos. Os óleos mais leves do que a água ficam na superfície e acabam impedindo a entrada de luz e oxigenação, comprometendo a vida aquática e causando corrosão de canos de esgoto, contaminando o solo e reduzindo a quantidade de oxigênio em fontes de água. O óleo de cozinha, já deve ter um destino ecologicamente correto que pode evitar a poluição do meio ambiente: a reciclagem.

Para evitar o descarte inadequado do óleo é fácil. O cidadão deve pegar todo o óleo usado, colocar em um recipiente fechado e mandar para a reciclagem. O melhor de tudo é que essa reciclagem pode trazer economia e até lucro.

Na Coelce foi feito um programa de gestão no qual os clientes se cadastram, recebem um cartão com chip e começam a entregar os resíduos no posto de coleta em troca de descontos nas contas de energia elétrica, podendo fazer um acompanhamento pela Internet. Além do óleo vegetal, os clientes podem entregar outros resíduos como metal, plástico, vidro, papel, papelão, ferro e cada resíduo tem seu valor em quilo, unidade ou litro. Caso o valor da bonificação seja superior ao total da conta, o excedente é creditado automaticamente na fatura seguinte. Hoje, 38 pontos fixos de coleta do Ecoelce estão em funcionamento, sendo 17 em Fortaleza, 4 na Região Metropolitana e 17 no interior do estado, além de 26 locais de coleta móvel no interior do Ceará. 

A Prefeitura de Fortaleza, por intermédio da Secretária Municipal de Meio Ambiente e Controle Urbano (Semam), com o objetivo de reaproveitar a grande quantidade de resíduos sólidos produzidos, lançou a Campanha de reciclagem de óleo de cozinha. O óleo pode ser despejado em tambores de armazenamento de óleo distribuídos por Fortaleza e, quando recolhido, será doado para a Usina de Beneficiamento para tirarem todas as impurezas do óleo, e dali, será limpo e vendido para a Usina da Petrobras em Quixadá, transformando-se em biocombustível.

Pontos de coleta em Fortaleza:
Ecoelce: Segunda à sexta, de 8h às 12h e 14h às 18h. Informações: ()85
 3453.4956
Semam (Regional VI). Avenida Paulino Rocha, 1343 - Cajazeiras
Mercado São Sebastião (Sercefor) - Rua Gal. Clarindo de Queiroz, 1745 - Centro
Em implantação
Ecoponto da Av. Leste-Oeste (Regional I)
Ecoponto da Rua Meruoca - Varjota (Regional II)
Secretaria de Desenvolvimento Econômico – SDE (Regional IV)
Secretaria Executiva Regional do Centro
Secretaria Executiva Regional I
Secretaria Executiva Regional II
Secretaria Executiva Regional III
Secretaria Executiva Regional IV
Secretaria Executiva Regional V
Secretaria Executiva Regional VI
Escola Municipal Eduardo Campos na Sabiaguaba (Regional VI)
Associações de Catadores:
Jardim das Oliveiras (Regional VI)
Siqueira (Regional V)
Ancuri (Regional VI)
Pirambu (Regional I)
Serrinha (Regional IV)
Bonsucesso (Regional III)
Bairro de Fátima (Regional IV)



Bruna Feijó

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

[Ensaio Fotográfico] Belezas do Brasil

Foz de Iguaçu - PR


Em Foz do Iguaçu fica localizada as Cataratas do Iguaçu que foi eleita uma das Sete Maravilhas da Natureza e também uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno. O Parque Nacional do Iguaçu é tombado como Patrimônio Natural da Humanidade e é lá onde ficam as Cataratas do Iguaçu.
            Além das Cataratas a cidade tem uma enorme diversidade de passeios ecoturísticos e também conta com diversos passeios culturais.

           Foz do Iguaçu é uma cidade que tem várias reservas naturais como a Reserva Biológica, o Refúgio da Vida Silvestre, a Área de Proteção Ambiental, a Floresta Nacional e a Reserva Extrativista.



























Por: Lia Sequeira

sábado, 20 de outubro de 2012

Que belo lixo


No documentário “Lixo Extraordinário”, acompanhamos o artista plástico brasileiro Vik Muniz em um aterro sanitário do Rio de Janeiro, localizado no Jardim Gramacho, um dos maiores do mundo. Além da produção das obras, vemos também um pouco da vida de alguns daqueles catadores, tão marginalizados na sociedade, porém de suma importância dentro do esquema de tratamento dos resíduos produzidos por nós.

 Somos apresentados a grande sociedade que é formada dentro do lixão, retirando a imagem banalizada que temos do lugar, onde gostamos daqueles simpáticos catadores, que procuram levar uma vida digna.

 A maior parte da película é composta de depoimentos dos catadores dentro do aterro, ou mesmo em suas residências. Na 3º parte do documentário, vemos como eles participaram diretamente do processo de produção das fotografias, auxiliando Vik em suas obras.

 A partir deste documentário, além de humanizar os catadores, o artista nos mostra o quão belo pode ser o nosso lixo, desde que tratado apropriadamente e de forma criativa. O conceito dessa reciclagem já está no consciente dos catadores, que em seus depoimentos apóiam veementemente essa atitude, sabendo que assim estão ajudando a melhorar o meio-ambiente.

 O documentário mostra, implicitamente, como é importante a coleta seletiva, facilitando o trabalho dos “funcionários” dos aterros sanitários, onde do que nós não desejamos mais, podem sair verdadeiras obras de arte.

- Hamlet Victor