sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O Alerta antes do alerta


Pesquisadores elaboraram novo método que afirma prever incêndios com mais exatidão que os atuais. O estudo será publicado hoje na conceituada revista Science

Cientistas da Universidade da Califórnia e do Centro Goddard da Agência Espacial NASA, ambas as instituições norte-americanas, apresentaram ontem a nova técnica, que promete prever com até cinco meses de antecedência os incêndios que ocorrem na Amazônia, resultantes de quando uma seca atinge a floresta. O método foi elaborado com base em medições feitas por satélites entre 2001 e 2009, que analisaram a influência do clima dos oceanos sobre a floresta.
 
Os pesquisadores inventaram um computador que conseguiu prever como as oscilações no superaquecimento do Oceano Pacífico, causadas pelo El Niño [ver vídeo], estão interligadas com estiagens no Leste da Amazônia. Por outro lado, anomalias ocorridas no Atlântico favorecem para espalhar incêndios no Sul e Sudoeste. Os estudiosos também fizeram correlações de longo prazo entre o clima oceânico e o florestal.

Conhecendo o fenômeno El Niño:


Esse tipo de previsão torna-se complicado por dois motivos: não se sabe quando e onde a floresta ficará seca, nem onde os agricultores irão iniciar os incêndios nas lavouras. Quando o fogo que é feito para limpar o campo de cultivo sai do controle, a floresta arde em chamas.

Incêndio na Amazônia. Crédito: Greenpeace


O autor principal do trabalho, o cientista chinês Yang Chien, afirmou que os “estudos anteriores em geral separavam esse problema em dois, primeiro observando como a temperatura da superfície do mar afeta as chuvas e, segundo, como o nível de chuvas afeta a ocorrência do fogo”. “No nosso estudo, decidimos combinar isso diretamente para interferir com a temperatura do mar afeta os incêndios”, complementou.

Texto escrito por José Glauber Peixoto Rocha

Fonte: Jornal O Povo, 11 de novembro de 2011.





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