domingo, 18 de novembro de 2012

Depois da farra: A sujeira ‘invisível’ lá no fundo do mar


Sara Sousa


        A tradicional festa de boas-vindas para o ano seguinte, é sem dúvidas uma das mais lindas e esperadas, em qualquer lugar do mundo. Aqui no Brasil, as cidades litorâneas levam a comemorações para a praia, as maiores festas de réveillon no país acontecem no Rio de Janeiro e em Fortaleza. Na capital cearense, a celebração do réveillon é feita no aterro da Praia de Iracema há 7 anos, a 8ª edição está em negociação. Para este grande evento, tudo é programado com antecedência; o palco, as bandas que vão tocar, o policiamento para garantir a segurança das pessoas, a divulgação e a principal atração fica por conta dos fogos de artifícios que dão o brilho da noite na passagem do ano velho para o ano novo. Todos os detalhes são bem planejados exceto um: a preservação do meio ambiente.
       O problema do lixo nas praias é recorrente o ano inteiro, mas na celebração do réveillon ou em outro evento que leve um aglomerado de pessoas a praia, torna a situação ainda pior.
      Em abril, um grupo de vinte jovens se mobilizou através das redes sociais para fazer uma limpeza na areia praia de Iracema e distribuir sacos de lixo para os banhistas, outras pessoas que estavam no local se juntaram ao movimento.
    Em Salvador (BA), um trio de surfistas apaixonados por mergulho se mobilizaram para dar sua contribuição à natureza, foram à praia do Farol da Barra, uma semana depois do carnaval, lá encontraram muito lixo, no fundo do mar, havia latinhas de aço por toda parte e fragmentos de plástico. Eles contam que vários surfistas e mergulhadores fazem o gesto por lazer.
      Medidas individuais são louváveis pela iniciativa, mas não surtirão efeitos se levarmos em conta  a quantidade de lixo que é depositada no mar diariamente. No entanto, em grandes eventos que concentrem milhares de pessoas, seja no carnaval ou réveillon, é uma oportunidade para alertar as pessoas para o problema da poluição. O que infelizmente ocorre, é a falta de comprometimento dos órgãos governamentais em reparar e prevenir os danos. Uma simples lixeira no aterro e placas apelando para consciência das pessoas, já seria algo que poderia ter sido implantado. Além de campanhas sociais a fim de diminuir a poluição em locais públicos veiculadas em rádio, televisão e internet também ajudariam bastante, mas por enquanto, apenas "formiguinhas" tomaram conhecimento do problema.







Limpeza na Praia do Farol da Barra. Fotos: Francisco Pedro / Projeto Lixo Marinho - Global Garbage Brasil retiradas do site EcoD no endereço: http://www.ecodesenvolvimento.org



2 comentários:

  1. O homem destrói o ECOSSISTEMA
    Desrespeitando seu CRIADOR
    Enquanto isso brigam entre si por uma fé abstrata.
    Rita Madeira
    http://universo-ritapoesias.blogspot.com.br/

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