Entre
os seis biomas existentes no Brasil, apenas um é exclusivamente brasileiro,
trata-se da caatinga. Com nome de origem indígena, mais precisamente do tupi,
“caa” significa mata, “tinga” significa branca, formando assim, mata branca. O
nome é dado pelo motivo de que no período seco, as plantas perdem as folhas, o
que não significa dizer que estejam mortas, pelo contrário, esse processo é
necessário para sobrevivência delas. Para ter uma vegetação mais viva, mais
verde, seriam necessárias apenas chuvas regulares de três semanas seguidas. Com
um solo castigado, com recursos naturais bastantes extraídos, e com a grande
pobreza que é dominante ao local, essa é a imagem que muitos têm da caatinga.
Mas as coisas não são bem assim. Ocupando 10% do território brasileiro, esse
bioma possui uma grande biodiversidade. São 510 espécies de aves, representando
um terço de todas as aves do Brasil. Além disso, foram registrados 148 espécies
de mamíferos, 154 de repetíeis e anfíbios e de 240 peixes. Isso mostra a grande
diversidade animal, facilitada pela pluralidade do ambiente, produzindo
diversas formas para esses animais sobreviverem. Além disso, a caatinga possui
uma flora com plantas totalmente adaptadas ao clima seco, algumas armazenam
água, outras buscam em suas raízes captar o máximo de água vinda da chuva.
Porém,
o que causa grande preocupação, é a ameaça que esse bioma tem. Para se ter uma
ideia, apenas 1 de toda a área da caatinga está protegida, seja por meio privado
ou público. Esse dado mostra o quanto essa vegetação é castigada e modificada
pelo homem. Grande parte dessa exploração vem do extrativismo pela população, e
isso ocorre de uma forma muito acelerada, deixando uma grande preocupação para
o futuro.
Os principais destinos dessa extração são as indústrias, no ramo de
cerâmica, ferro, gesso, juntas elas consomem 80% da lenha extraída. Outro setor
que bastante utiliza da caatinga, é o setor do comércio, como grandes
churrascarias e restaurantes. Sem falar na caça e apreensão de animais
silvestres, colocando muitas espécies em extinção. Isso mostra a fragilidade na
fiscalização e monitoramento dessas áreas, colocando o risco de
desaparecimento. Mas não podemos colocar a culpa somente no governo, é preciso
que as pessoas criem uma educação ecológica, e vejam que dependem do bom
funcionamento do meio em que vivem para sobreviverem.
Serviço
Para
aqueles que quiserem conhecer um pouco mais da caatinga, pode visitar a reserva
natural serra das almas, que está localizada em Crateús-CE. Para a visitação, é
necessário um aviso prévio, no mínimo 7 dias de antecedência. Para mais informações, pode-se acessar o
site, http://www.acaatinga.org.br/index.php/reserva-natural-serra-das-almas/ ,
ou ligar para o número, Fone/Fax (88) 3691-8671.
Ewerton
Torres Melo – Gerente da Reserva Natural Serra das Almas
Rua Instituto Santa Inês, 658 - Centro – Crateús – CEP.: 63.700-000.
Rua Instituto Santa Inês, 658 - Centro – Crateús – CEP.: 63.700-000.
Por: Wilson Lennon
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