quinta-feira, 2 de junho de 2011

Contando até 0

*       Produção: Participant Media
*       Direção: Lucy Walker
Produtores Executivos: Jeff Skoll, Diane Weyermann, Bruce Blair, Matt Brown
Produtor: Lawrence Bender
Diretor de fotografia: Robert Chappell, Gary Clarke, Bryan Donnell
Música: Peter Golub
Editor: Brad Fuller, Brian Johnson
Sem classificação, 91 minutos, sem título nacional.

Eco degradação e mudanças climáticas não vão significar muita coisa se nós explodirmos o planeta primeiro, é o que sugere o documentário Countdown to Zero, lembrando aos espectadores as velhas ameaças de um hecatombe nuclear. O documentário monta um argumento convincente e muito bem lapidado sobre uma ameaça em potencial que continua a preocupar a humanidade.
“As armas de guerra devem ser abolidas, antes que elas nos abolem” esta frase do então presidente Kennedy marca três causas de detonação nuclear – acidente, erro de cálculo ou loucura. A diretora do filme, Luct Walker, mostra que as chances não são boas em todas as três causas, especialmente quando os cientistas apontam que, mesmo no pior dos cenários, “eventos de baixa probabilidade acontecem o tempo todo”.
Algumas possibilidades no entanto soam como possibilidades bastante reais: O depoimento sobre a insegurança do material nuclear na Russia é apavorante, com tantas pessoas sem preparo nenhum ganhando acesso fácil ao urânio altamente enriquecido, fica fácil imaginar uma pessoa de má fé obtendo material suficiente para fazer uma catástrofe.
O filme mostra ainda especialistas como Valerie Plame e cientistas nucleares da universidade de Princeton discutindo sobre os planos de diversas facções possuem em contruir, comprar ou roubar a bomba e ainda apontam o estado atual do arsenal nuclear global (Segundo o documentário, cerca de 23.000 armas operacionais no planeta). Preocupante ainda é a ineficácia mostrada dos sistemas de detecção de objetos radiativos em docas, dando falsos negativos e sendo facilmente enganados.
Impressiona ainda as imagens de grandes cidades do mundo com círculos vermelhos de 8 quilometros de raio mostrando a área de devastação máxima, a diretora trabalha de forma que sempre fique claro o desastre que seria uma hipotética detonação nuclear. Walker só exagera no final, apelando para uma cena em que mostra uma animada noite na Time Square, apelando para as vidas inocente que a bomba destruiria.
Ao final, a diretora deixa claro que o titulo do filme não se refere apenas ao relógio do juízo final, mas também para incentivar a desativação de todas as armas nucleares do mundo. É preciso muito mais do que abaixos assinados virtuais ou mensagens de texto para conseguirmos este objetivo, mas Countdown to Zero faz que a causa pareça mais urgente do que nunca.

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