terça-feira, 24 de maio de 2011

Aprendendo a ser sustentável (Crônica)

Desde pequena ouvi na escola e depois na universidade que era importante zelar pelo meio ambiente. Também vi essa ideia nas propagandas da televisão, discursos políticos, embalagens de produtos que diziam “ajude a preservar as florestas” e até na boca de várias pessoas que se mostravam preocupadas com o assunto.

Então eu pensei: por que o planeta está passando por uma crise ambiental tão grande se existem tantos manifestos “ecológicos” por aí? Por que os políticos não tiram nenhuma dessas ideias do papel? Por que a população não toma nenhuma atitude que possa ajudar? Por que as mais importantes empresas do mundo continuam a agredir a natureza em troca de poder? Por que o ser humano é a única espécie capaz de destruir seu próprio habitat?

Depois de tantos livros, notícias, documentários, filmes que falam da crise ambiental que vivemos atualmente, vi que eu realmente precisava fazer algo, me engajar em algum movimento ou ONG, pelo menos para aliviar minha consciência.
Minha primeira decisão “sustentável” foi reduzir o consumo de produtos de origem animal até chegar ao ponto dele ter se tornado praticamente inexistente. A segunda foi tentar passar para meus amigos ideias que poderiam deixar nossa existência na Terra mais sutil. E por aí, fui descobrindo lugares que não dependem de governo, ou de burocracias. Um deles foi a ONG “A Cura do Planeta”, que existe em Fortaleza desde 2010 com intuito de ajudar a amenizar os problemas ambientais que estamos passando e levar as pessoas pequenas soluções viáveis para começar a praticar no cotidiano.

Reciclagem, produtos orgânicos, dieta vegana, oficina de permacultura, aulas de yoga, entre outras coisas são os temas e atividades que estão na programação da ONG mantida por voluntários, ativistas e agitadores sociais que se uniram com o mesmo objetivo: curar um planeta doente.
A Cura Do Planeta funciona em uma casa situada no bairro Aldeota e também numa praça recém-construída que fica logo ao lado.
Na Casa da Cura funciona diariamente (de segunda a sexta-feira) o restaurante O Vegano, que como o próprio nome já diz, oferece pratos sem nenhum tipo de produto de origem animal (ovos, leite, mel, carnes). Apesar da minha opinião ser suspeita, não resisto dizer que a comida é deliciosa.
Na Casa também acontecem frequentemente oficinas com diversas atividades, palestras, aulas de yoga e meditaçães.
Já a Praça da Cura é um espaço que foi construído de maneira 100% sustentável, com vários materiais reciclados e sistemas ecologicamente corretos. No local também funciona uma lanchonete que oferece pizzas e sanduiches veganos, plantio de hortas orgânicas, “ecoloja” e shows de bandas locais. Porém a praça não será permanente, pois o terreno foi cedido temporariamente por empresários que pretendem construir um shopping no local, o que é uma pena para todo o grupo envolvido no projeto.


A Cura do Planeta existe por vários motivos, mas na minha interpretação, o principal é mostrar as pessoas que sustentabilidade deve ser uma ação, não uma ideia. Deve ser nosso cotidiano, que pode ser bem mais do que o ciclo de trabalhar, comprar e consumir.

Deve ser também pequenas atitudes que não dependem de políticos e sim da nossa consciência. Deve vir de coração, de instinto de sobrevivência, de amor à natureza, de espírito coletivo, de vontade de mudança.
O planeta está em nossas mãos!

Ficou curioso em conhecer A Cura do Planeta?
Acesse: http://www.acuradoplaneta.org



Postado por: Patrícia Mendes

Nenhum comentário:

Postar um comentário