O rio foi batizado Hamza, em homenagem ao professor Valiya Hamza, orientador do doutorado da professora Elizabeth Tavares Pimentel (da Universidade Federal do Amazonas - UFAM), divulgado em 25 de agosto desse ano no 12o. Congresso Internacional da Sociedade Brasileira de Geofísica no Rio de Janeiro.
A descoberta começou com a análise das temperaturas de 241 poços perfurados pela Petrobras nas décadas de 1970 e 1980, abrangendo as bacias sedimentares de Acre, Solimões, Amazonas, Marajó e Barreirinhas. A metodologia consiste em identificar sinais térmicos típicos de movimentos de fluidos em meios porosos.
Foi constatado que o fluxo de águas é predominantemente vertical até a profundidade de 2km, mas passa a ser quase totalmente horizontal próximo dos 4km. Esse fluxo lateral segue do oeste para o leste, assim como rio Amazonas, iniciando na região do Acre e passando pelas bacias de Solimões, Amazonas e Marajó, alcançando o mar nas adjacências da foz do Amazonas. De acordo com o prof. Hamza, isso explica os bolsões de baixa salinidade encontrados em partes profundas do mar, na região da margem continental.
Apesar do rio Hamza ter quase o mesmo comprimento do rio Amazonas (cerca de mil quilômetros a menos), ele possui largura, vazão e velocidades bem diferentes. Apesar da vazão ser pequena em comparação à do Rio Amazonas, ela é superior à média do Rio São Francisco que é de 2800 m3/s. Abaixo temos uma tabela comparando os dois gigantes:
Rio | Comprimento | Largura | Vazão | Velocidade |
---|---|---|---|---|
Amazonas | 6992km | 1 a 100km | 133.000m3/s | 0,1 a 2m/s |
Hamza | Aprox. 6000km | 200 a 400km | 3090m3/s | 10 a 100 metros por ano |
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