domingo, 25 de setembro de 2011

Obsolescência programada

O canal 2 da Televisão Espanhola e RTVE.es transmitem "Comprar, deitar fora, comprar" um documentário que nos revela o segredo: obsolescência programada, o motor da economia moderna.


http://www.youtube.com/watch?v=pDPsWANkS-g


Postado por: Rafael Meyer

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

De onde veio e para onde vai o lixo da minha cozinha

por Daniel Cavalcante
Quantidade e lista de itens
No prédio onde moro é feita coleta seletiva, então existem duas lixeiras na cozinha:

Reciclável:
1 papel de pão
1 garrafa PET
2 embalagens de frios (isopor e filme de pvc)
2 caixas de leite

Orgânico:
Restos de comidas diversas

Análise dos itens
Para cada item serão respondidas as seguintes perguntas:


  1. É um bem imprescindível ou supérfluo?
  2. Pode ser reutilizado ou reciclado? Transforma-se em que?
  3. Tem certificação ambiental?
  4. De onde veio? Para onde iria?
  5. Quais materiais o compõe? Quanto tempo leva para decompor?
  6. A embalagem é necessária ao produto ou poderia ser diferente?

Papel de pão

  1. É um item importante da dieta diária da casa, portanto imprescindível.
  2. O papel pode ser reutilizado de incontáveis formas ou reciclado. É possível voltar à forma de folha, mas esse processo ainda é muito custoso em termos energéticos, então a maior parte é transformada em papelão.
  3. Não encontrada.
  4. Na padaria. Se for para o lixo, geralmente é separado catadores e destinado à reciclagem.
  5. O papel é feito de a partir de fibras vegetais, geralmente polpa de celulose derivada de madeira, geralmente passando por um tratamento para ficar mais claro. Pode ser biodegradado em alguns dias se estiver molhado ou durar séculos caso permaneça seco.
  6. Não.

Garrafa garrafa de plástico (PET)

  1. O consumo de refrigerantes é desaconselhados por diversos especialistas, então é um bem supérfluo.
  2. Pode ser reutilizado de diversas formas e reciclado. As garrafas PET podem voltar a se tornar recipientes ou podem ser transformadas em mesas e cadeiras, por exemplo.
  3. Não encontrada.
  4. Comprado no supermercado. Se não forem recicladas, as garrafas se acumulam em lixo ou pelas ruas e acabam sendo levadas pela chuva para fontes de água.
  5. O tereftalato de polietileno (PET) é um polímero do tipo poliéster feito a partir de petróleo. Dependendo do tamanho, de 400 a 500 anos.
  6. É necessária.

Embalagens de frios (isopor e filme de pvc)

  1. Imprescindível. Os frios se tornaram uma fonte de proteínas barata, rápido, fácil e relativamente segura de se consumir na maioria das cidades modernas.
  2. Geralmente não é muito reutilizado, mas é 100% reciclável. O isopor e o filme de PVC são plásticos, podendo ser moldados como garrafas PET.
  3. Não encontrada.
  4. Supermercado. Mesmo do anterior.
  5. O isopor é um polímero com o nome comercial de Poliestireno Expandido (EPS) e o PVC significa Cloreto de Polivinila, ambos são fabricados a partir do petróleo. Aproximadamente 500 anos.
  6. A bandeija de isopor é dispensável para o armazenamento dos frios.

Caixas de leite

  1. Imprescindível. Pelo mesmo motivo anterior.
  2. Pode ser reutilizado e reciclado, mas é difícil de reciclar.
  3. Não encontrada.
  4. Mesmo do anterior.
  5. Porque a embalagem tetra-pak é formada por materiais como papel, plásticos e alumínio prensados para fazer uma folha única, é difícil de encontrar quem separe e recicle. Mais de 500 anos.
  6. Apesar de difícil reciclagem, é a única forma prática e barata de armazenar líquidos por longos períodos.

Resto de comida

  1. Imprescindível.
  2. Pode ser reutilizado como adubo ou para fabricar metano, por exemplo, mas não pode ser reciclado.
  3. Não
  4. Mesmo da anterior.
  5. Cascas sementes de frutas, restos de alimentos, etc. Alguns dias.
  6. Não.

Dicas de consumo consciente

O consumo consciente deve ser praticado no dia-a-dia, por meio de pequenos gestos que fazem com que consigamos contribuir para um planeta melhor, e também um modo de vida melhor, por exemplo:
  • Quando for comprar alimentos, compre apenas o necessario para o seu consumo e de sua família.
  • Ao tomar banho e for lavar roupas fique o tempo que precisa para evitar ao mximo o desperdício de água.
  • Buscar a reutilização de produtos, como: Toalhas, frauda reutilizavel e etc...
  • Separar o lixo de acordo com o material que foi criado.
  • Comprar eletrônicos que evitem ao máximo o desperdicio.
  • Utilizar sacolas retornáveis ao comprar produtos em supermercados.
  • Procurar adiquirir produtos de empresas que possuem uma preocupação ambiental.

    Por Thiago Rodrigues
    Foto: Divulgação

Catadores de Lixo Contribuem Para a Limpeza Urbana



 A população da 5ª maior cidade do Brasil vem crescendio a cada dia; hoje já somos aproximadamente 2.473.614 milhões de habitantes em Fortaleza. Com este grande aumento populacional, vem também grande aumento da produção de lixo, lixo que na maioria dos casos não é feita a divisão seletiva para reciclagem e é jogado fora sem nenhuma preocupação posterior.

Em decorrencia tanto do aumento populacional quanto do aumento do lixo produzido em Fortaleza, vem aumentando também uma forma de trabalho; os catadores de lixo, que diretamenrte são responsáveis por grande parte desta coleta seletiva. Os catadores de lixo ou catadores de materiais recicláveis, são de grande importância para a limpeza da nossa cidade. São pessoas que dedicam-se a coletar matériais recicláveis.
De acordo com o site Lixo.com.br , os catadores podem ser classificados de várias formas:

  • Trecheiros: catam lixo entre uma cidade em outra, sempre no trecho, daí vem o nome;
  • Catadores do lixão: coletam materiais em lixões;
  • Catadores individuais: são independentes e trabalham sozinhos. Geralmente, trabalham com um carrinho emprestado pelo sucateiro para o qual eles entregam o material coletado nas ruas;
  • Catadores organizados: trabalham em grupo e podem estar dentro da lei ou em fase de legalização. São, por exemplo, empresas que trabalham em sistemas de cooperativas. 

Mais importante do que saber como são classificados, é saber da importância deles. Mais de 125 mil toneladas de lixo por dia são coletadas no Brasil. Porém, há uma parte que não é coletada, mas descartada(inadequadamente) em lugares públicos como vias urbanas, trilhos de trêm, etc... Dentre estes resíduos podemos encontrar papies, latas de metal, garrafas plasticas e até de vidro.
Estes resíduos acabam sendo "levados" para dentro de bueiros e esgotos, que na época das chuvas é grande fator para o alagamento.

 Neste sentido, os catadores são de grande ajuda no recolhimento deste material que é descsartado de forma inadequada pela própria população.


        Isaque Falcão Gomes

Berkeley Pit - Por Marcelo Mesquita Marinho

Navegando pela internet encontro uma matéria alarmante sobre o Berkely Pit que fica nos Estados Unidos da América.


O  buraco de Berkeley fica em Butte, Montanae trata-se de um poço enorme, que tem mais de 1.600 km de comprimento por 1 km de largura e mais de 540 metros de profundidade, dos quais 300m estão preenchidos com água ácida contendo altíssimas concentrações de metais pesados e produtos químicos tóxicos, incluindo o cobre, ferro, arsênio, cádmio, zinco e ácido sulfúrico.,onde tem uma água tão horrivelmente contaminada que os pássaros que entram em contato com a água rapidamente morrem. Praticamente nada habita o poço, além de microorganismos super-resistentes.





Consumo consciente?



Na atividade realizada em sala de aula, observando o nosso lixo, percebi o quanto é desnecessário embalagens. A quantidade de lixo que produzimos é gigantesca, causando danos grandiosos, sem o menor cuidado com os nossos futuros netos, aqueles que vão desfrutar do lixo que você deixou hoje de manhã na portaria do seu prédio. 

O que seria esse consumo consciente? 

Significa adquirir produtos eticamente corretos, cuja elaboração não envolva a exploração de seres humanos, animais e não provoque danos ao meio ambiente.
Mas na prático isso acontece? Não né, nem paramos para nos perguntar quem fez, quanto custou, da onde veio. São tantas perguntas que preferimos deixar pra lá, e comprar mesmo não sabendo o que vai ocorrer depois que for descartado da sua vida.
 O consumo é importante, muitas coisas são insubstituíveis e exencial para o nosso corpo. Mas ainda temos o consumo do status do querer, sem realmente precisar daquele objeto. Para melhororar esses nossos hábitos vai uma dica:

  A humanidade já consome 25% mais recursos naturais do que a capacidade de renovação da Terra. Se os padrões de consumo e produção se mantiverem no atual patamar, em menos de 50 anos serão necessários dois planetas Terra para atender nossas necessidades de água, energia e alimentos. Esta situação já é refletida, por exemplo, no acesso irregular à água de boa qualidade em várias partes do mundo, na poluição dos grandes centros urbanos e no aquecimento global.
          Não é preciso dizer que esta situação pode dificultar a vida no planeta, inclusive da própria humanidade. A melhor maneira de mudar isso é a partir das escolhas de consumo. Todo consumo causa impacto (positivo ou negativo) na economia, nas relações sociais, na natureza e em você mesmo. Ao ter consciência desses impactos na hora de escolher o que comprar, de quem comprar e definir a maneira de usar e como descartar o que não serve mais, o consumidor pode buscar maximizar os impactos positivos e minimizar os negativos, desta forma contribuindo com seu poder de consumo para construir um mundo melhor. Isso é Consumo Consciente. Em poucas palavras, é um consumo com consciência de seu impacto e voltado à sustentabilidade.
          O consumidor consciente busca o equilíbrio entre a sua satisfação pessoal e a  sustentabilidade, maximizando as conseqüências positivas deste ato não só para si mesmo, mas também para as relações sociais, a economia e a natureza. O consumidor consciente também busca disseminar o conceito e a prática do consumo consciente, fazendo com que pequenos gestos realizados por um número muito grande de pessoas promovam grandes transformações.
          O consumo consciente pode ser praticado no dia-a-dia, por meio de gestos simples que levem em conta os impactos da compra, uso ou descarte de produtos ou serviços, ou pela escolha das empresas da qual comprar, em função de seu compromisso com o desenvolvimento sócio-ambiental. Assim, o consumo consciente é uma contribuição voluntária, cotidiana e solidária para garantir a sustentabilidade da vida no planeta."





Damaris Magalhães

Resenha Documentário História das Coisas

O documentário, História das Coisas de Annie Leonard aborda varias temáticas relacionadas ao meio ambiente, entre as centrais estão o intenso consumo de produtos industrializados, e o papel dos meios de comunicações e da publicidade no estimulo ao consumo, alem desses temas trata da crescente geração de lixos, a formação das grandes cooperações e a exploração dos trabalhadores e dos bens naturais dos países pobres entre muitos outros temas.
O Modo que ela aborda os temas facilita a compreensão dele, sempre bem enérgica em sua fala Annie mostra todas as fases do processo de industrialização de um produto e como ele são trabalhados. 
A narrativa cumpre seu objetivo de informar de forma clara e objetiva com animações em rascunhos ilustrando tudo o que Annie fala de um modo que agrade tanto uma pessoa leiga quanto um ambientalista, Acredito que esse seja o objetivo principal do documentário, informar sobre meio ambiente para qualquer pessoa. 

 
 Postado por Roberto Barros-Jornalismo ambiental

Ánalise do filme "Lixo Extraordinário" e o consumo, lixo e reciclagem.

 Rafael Meyer

Análise do filme “Lixo Extraordinário” e o consumo, lixo e reciclagem.

Um dos maiores artistas plásticos da atualidade, dando vida ao lixo, abusa de matérias-primas inusitadas e tem arrastado multidões para suas exposições, esse é Vik Muniz, foi assim que Jô Soares o apresentou em seu programa.
O filme Lixo Extraordinário, conta história de como o artista, iniciou sua carreira. Começou de forma inusitada, depois de levar um tiro na perna, por tentar intervir numa briga, o homem que foi responsável pelo disparo era muito rico e, deu um grande quantidade de dinheiro para Vik. Com a indenização, o artista plástico, que até então não tinha descoberto seu talento para as artes plásticas, se mudou para os Estados Unidos, onde trabalhou como servente de uma rede de supermercados e, ficou encarregado de limpar o pior tipo lixo, o orgânico.


Atualmente, como grande artista, Muniz incorpora objetos novos em suas criações para criar imagens ousadas, inteligentes e, algumas vezes, enganosas que passam por um processo fotográfico.
Ele cria figuras a partir de materiais como sujeira, diamantes, açúcar, cabos, cordas, chocolate, amendoim e pigmento.

O trabalho considerado por Vik, como o de maior destaque em sua carreira é o, Sugar Childrens, que foi a primeira vez que ele direcionou suas obras para algo que existe realmente no mundo e tem um importância. Ele transformou essas crianças do Caribe, mais especificamente da Ilha de São Cristóvão, filhas e filhos de trabalhadores de plantações de cana, em arte. Pensou que essas crianças poderiam viver felizes, pois vivem no paraíso, mas possuem pais tristes e desgastados, por trabalharem por mais de 16 horas nas plantações e, percebeu que a única coisa que poderia deixar essas crianças infelizes seria o açúcar. Então, quando voltou para Nova York, decidiu desenhar as crianças com açúcar, o que foi bastante elogiado pelos críticos, mudando sua carreira completamente.

O filme mostra o novo sentido que o Vik quer dá na sua carreira, saindo um pouco do mundo das Belas Artes e, buscar atingir as vidas de um grupo de pessoas através de obras artes que utilizam o mesmo material que elas usam diariamente, o lixo. Consequentemente, reutilizar e reciclar esse lixo e, transformar em ideias.

Esse processo incia-se na escolha do local para a captação de uma enorme quantidade lixo, das formas mais variáveis, analisando também as dificuldade de se trabalhar no local. Acabam escolhendo um lixão, onde é levado todo lixo do Rio de Janeiro, que é cercado por uma favela dominada pelo tráfico de drogas. Mesmo assim, Vik e sua equipe decidem investir nessa ideia que poderia ajudar a melhorar a vida dessas pessoas.

Ao chegar no seu novo local de trabalho, o lixão do Rio de Janeiro, observam que ao redor do aterro existem várias empresas ligadas à reciclagem. Vik e o seu companheiro de equipe, ficam impressionadas com a quantidade de lixo que encontram no local. Jardim Gramacho, como é chamado, em volume recebido diariamente é considerado o maior aterro do mundo, não possui nada de jardim, parece mais a cidade do lixo.

Já no local onde ele começa a fazer o trabalho com sua equipe, o artista brasileiro, fica espantado com o número de pessoas que catam lixo no aterro e a quantidade enorme de urubus sobrevoando a área. Logo, observa que vai poder utilizar um vasto material para a criação de suas obras, como: papel, plástico, vidro, materiais ferrosos. Cada objeto desse tem seu valor para os depósitos que cercam o local, então o aterro sanitário funciona como uma bolsa de valores. No depósito, esse material sofre uma seleção, do que serve ou não, e são enviados para indústrias. Em seguida, são transformados em granulados, daí, sendo levados para outra indústria onde são transformados em pára-choque dos carros.

Numa conversa entre o, Vik e o proprietário do lixão, este ressaltada a importância do catador para Gramacho, pois eles estão aumentando a vida útil do lixo. Cada um, cata o equivalente a 219 sacos de lixo por dia. Tudo isso é organizado em vários e grandes sacos e, recolhidos pela companhia responsável, que leva para a reciclagem.

Valter, na época das filmagens, vice-presidente da Associação dos Catadores do Aterro Municipal do Jardim Gramacho (ACAMJG), faz uma análise para explicar a importância dos catadores: cada casa gera 1kg de lixo, cada quilo de lixo gera meio quilo de material reciclado, em mil residências isso se transforma em 500kg de material reciclado. Sendo assim, evitando que esse entulho seja depositado nos rios, lagos, ruas, entupindo esgotos, fazendo grande mal à natureza.

Vik, apresenta algumas pessoas que trabalham no aterro, para saber o que essas pensam de trabalhar lá. Esses mesmos entrevistados, vão auxiliar o artista à encontrar e catar os melhores lixos, como: garrafa de champanhe verde, garrafa de cerveja marrom, vidros, plásticos, calina é utilizado pois dá uma sensação de objeto, garrafa pet que serve como massa, vão utilizar até fantasias de carnaval. Além disso, vão servir de modelos para o desenvolvimento das obras.

No final, com todos os materiais da lista recolhidos e a equipe formada, começa o processo de criação das obras, e com a venda de uma delas em um leilão, todo o dinheiro arrecadado vai destinado para a comunidade do Jardim Gramacho, enquanto as outras obras foram levadas para exposição.

Através da iniciativa de Vik, da transformação de lixo reciclado em obras de arte, lixos foram reutilizados em prol da arte, e principalmente, a vida das pessoas que trabalhavam no aterro e trabalharam na produção das peças artísticas, mudou completamente.

Amanhã é o Dia Mundial sem Carro

O Dia Mundial Sem Carro, 22 de setembro, surgiu na França em 1997. Dez anos depois, envolveram-se neste movimento 1.321 cidades em 38 países. No Brasil, as iniciativas neste sentido surgiram em 2001, através de algumas ONGs e prefeituras municipais, especialmente no sudeste do país. A Secretaria Nacional de Transporte e Mobilidade Urbana - SEMOB, vinculada ao Ministério das Cidades do Governo Federal, começou a participar em 2004.

Na Unifor, o Laboratório de Estudos das Relações Humano-Ambientais – LERHA vem se engajando nesta luta desde 2008, com estudos, pesquisas e intervenções em torno do tema. O objetivo deste dia é chamar atenção para a necessidade de repensar o modelo de mobilidade das cidades, que hoje se mostra insustentável.



PROGRAMAÇÃO:

21/09 – Mobilidade Urbana : desafios e perspectivas às 09:30, no Auditório da Biblioteca ]
Mesa redonda com as convidadas: Nadja Dutra (engenheira civil e integrante de um grupo de estudos sobre o tema mobilidade urbana, vinculado ao CREA-Conselho de Engenharia e
arquitetura.) e Sylvia Cavalcante (Profa. Dra. do Programa de Pós-graduação em Psicologia da
Unifor, no foco da Psicologia Ambiental).

22/09 – Mobilidade Urbana : imagens, experiências e reflexões
às 17:30, no Auditório A4
(exibição de coletânea de curtas seguido de debate)

O uso abusivo do carro particular tem provocado a ocupação desordenada dos espaços urbanos, onde pedestres e ciclistas disputam, de forma desigual, o direito de circulação. Os espaços de lazer e até mesmo ruas e avenidas têm sido cada vez mais ocupados com estacionamentos.

O tempo gasto nos congestionamentos e o estresse gerado, a poluição sonora e do ar são outras conseqüências graves, que impactam diretamente a saúde e o bem-estar dos que vivem nos grandes centros. A utilização de energia não renovável, o grande descarte de sucatas, entre outras ações humanas, acabam por contribuir para o esgotamento dos recursos naturais do planeta.

Todos nós podemos fazer alguma coisa para amenizar esta escalada ascendente do impacto ambiental provocado pelo uso excessivo do automóvel particular. Medidas individuais e coletivas podem ser tomadas a partir da nossa realidade e das condições de cada pessoa, como, por exemplo:

1.Diminuir os deslocamentos.
2.Buscar mesclar as formas de mobilidade, andando também a pé, de bicicleta, de
transporte coletivo, de trem.
3.Mobilizar-se em torno da carona.
4.Utilizar carros menores e menos poluentes.
5.Evitar, quando possível, os horários de pico (rush);
6.Fazer a manutenção periódica do carro para minimizar desperdícios.
7.Organizar passeios ciclísticos.
8.Conversar com familiares, colegas e amigos sobre o assunto.
9. Enviar mensagens eletrônicas sobre o tema.
10. Organizar debates sobre esta questão.


Parceiros para a realização do evento na Unifor:
Programa de pós-graduação em Psicologia
Curso de graduação em Psicologia
Curso de graduação em Jornalismo
Curso de graduação em Audiovisual e Novas Mídias
Cineclube da Unifor
Núcleo Integrado de Comunicação

terça-feira, 20 de setembro de 2011

As mulheres e o consumo sustentável

Um novo fenômeno mundial chama a atenção de estudiosos de tendências do mercado: o crescente protagonismo das mulheres nas questões de consumo.


Por Izabella Teixeira, ministra do Meio Ambiente.

187 As mulheres e o consumo sustentável

Dos alimentos ao vestuário, da casa ao carro, dos bens culturais às viagens de férias, são elas que estão decidindo o presente e o futuro do consumo e, obviamente, o futuro da produção. Estudos recentes mostram que mais de 60% (em alguns casos, 80%) das decisões de compra são tomadas por mulheres.
Além de já integrarem cerca de 50% da força de trabalho e de ingressarem em maior número nas universidades, as mulheres vêm se constituindo em força política que pode ser significativamente transformadora em vários campos. É preciso explicitar o elo entre o poder de transformação das mulheres e a extraordinária oportunidade que se apresenta de imprimirmos qualidade diferente àquilo que se chama “consumo de massa”.
Por trás da expressão que dilui identidades está o consumo de famílias, de indivíduos e de consumidores coletivos. Pessoas e instituições compram e consomem bens e serviços e movimentam a economia, para o bem e para o mal. Contribuem, desejem ou não, com o crescimento dos índices dos empregos verdes e decentes, dos negócios sustentáveis, da economia da reciclagem, ou do seu contrário.
Há muito se fala em empoderar as mulheres, o que é correto e está na ordem do dia. Basta lembrar o discurso de posse da nossa presidenta Dilma Rousseff. Porém, pouco se fala em como mobilizar as mulheres para ações que façam a diferença nas estratégias de sustentabilidade econômica.
Por essa razão, nós temos estabelecido uma agenda de trabalho envolvendo empresárias e líderes de instituições em diversos campos, buscando o desenho de uma iniciativa nacional capaz de unir a força feminina em torno do desenvolvimento sustentável. Dois temas parecem promissores: o empreendedorismo verde e como mudar padrões de consumo.
Estabelecer no país um padrão de consumo mais responsável, influenciando com o nosso poder de compra um mercado que está sempre atento às mudanças de atitude do consumidor – eis uma proposta que tem a chance de se desenvolver em tempos de euforia do consumo da chamada nova classe média.
Influenciar para que os atos de consumo sejam atos afirmativos do valor da vida, de uma sociedade que cuida de si e do ambiente, é a pauta que propomos às mulheres, tanto às do campo quanto às dos escritórios. Motivar as mulheres a adotar esse consumo transformador é algo nobre.
A Rio+20, conferência da ONU que ocorrerá no Rio de Janeiro, em junho de 2012, discutirá a erradicação da pobreza, a “economia verde” e as ações para acelerarmos a transição para uma sociedade sustentável.
Em Brasília, todo mês de agosto, na Marcha das Margaridas, mulheres organizadas pelos movimentos sociais do campo vêm à capital apresentar suas reivindicações.
São agricultoras, mães e chefes de família, morenas do sol, as mãos calejadas da terra, as quais convidamos a se engajar nessa mudança de comportamento.
As mulheres já são maioria em nosso país: 53% da força de trabalho. Mas ainda falta o engajamento claro e eficaz nas questões da qualidade de vida, em que a sustentabilidade é parte do conjunto de valores que nos mobiliza.
Sim, nós podemos e devemos.
Que as margaridas de agosto se transformem nas margaridas do ano inteiro, da inteira vida do nosso frágil planeta.


(Fonte: Evolverde)

Editado por Rafayelle Rodrigues